creditos: Band Jornalismo
O vídeo aborda o vazamento de um plano de ataque que gerou uma crise na Casa Branca. A situação se complicou devido a uma conversa do alto escalão militar que foi invadida por um jornalista, levantando questões sobre segurança e privacidade dentro do governo.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, minimizou nesta terça-feira o vazamento de planos ultrassecretos de bombardeios contra os rebeldes Houthis no Iêmen, classificando o episódio como “uma falha, mas que acabou não sendo séria”. O episódio ganhou repercussão internacional após uma reportagem da revista americana Atlantic, publicada na segunda-feira, revelar que o editor-chefe da publicação, Jeffrey Goldberg, foi acidentalmente incluído em um grupo de mensagens criptografadas no aplicativo Signal, onde autoridades do alto escalão do governo compartilhavam informações de segurança nacional. Os principais oficiais de inteligência do governo Trump foram convocados ao Congresso para prestar esclarecimentos.
Na segunda-feira, a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, negou que planos de guerra tenham sido discutidos no bate-papo, embora a Casa Branca tenha confirmado o relato do jornalista. Nesta terça, em declaração à NBC News por telefone, Trump disse que seu Conselheiro de Segurança Nacional, Michael Waltz, “aprendeu a lição e é um bom homem”. Os principais oficiais de inteligência do governo participaram de uma audiência no Congresso nesta terça-feira — que já estava marcada e deveria focar nas ameaças aos EUA. Todos foram questionados sobre a falha na comunicação e o vazamento acidental para o jornalista, mas foram evasivos.
A diretora de Inteligência Nacional, Tulsi Gabbard, recusou-se a dizer se estava envolvida na conversa, citando revisões em andamento sobre o assunto. — Não quero entrar nisso — disse quando questionada pelo vice-presidente do Comitê de Inteligência do Senado, senador Mark Warner, sobre seu envolvimento na conversa. O mesmo tom foi adotado pelo diretor do FBI, Kash Patel, quando questionado se ele já havia participado de algum bate-papo por telefone relacionado à segurança nacional. — Não que eu me lembre — respondeu. O diretor da CIA, John Ratcliffe, por sua vez, admitiu que estava envolvido no bate-papo. No entanto, disse que sua parte da conversa era “inteiramente permitida e legal e não incluía informações confidenciais”.
Esse incidente não apenas expõe vulnerabilidades nas comunicações do governo, mas também levanta preocupações sobre a confiança pública nas instituições e na liderança do presidente Donald Trump.
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